Em cartaz no Teatro Bradesco (SP), o musical "A Gaiola das Loucas" tem direção de Miguel Falabella, que ainda interpreta ao lado de Diogo Vilela um dos protagonistas.
A montagem brasileira foi inspirada no sucesso "La Cage Aux Folles" em cartaz na Broadway. Dos mesmos produtores de Hairspray e Aladdin, o espetáculo conta com cenários luxosíssimos, uma iluminação de ponta e figurinos de dar inveja a qualquer produção, porém tantos exageros não conseguem esconder uma escolha fraca de elenco, falha já cometida pelo diretor em seu último trabalho.
Diogo Vilela (Zazá) e Miguel Falabella (Jorge) desempenham muito bem seus respectivos papéis, mesmo deixando a desejar em quesitos musicais ambos foram feitos para os palcos e não há como dizer o contrário, eles são grandes atores. Posso dizer que o auge de Miguel dentro do Musical ocorre na música "A Lição de Masculinidade" e de Diogo em "A vida é uma Só". Quanto às "bonecas" achei que faltou femininidade, mesmo abraçados por figurinos que os deixam como perfeitas travestis, talvez tenha passado despercebido pela direção o quão importante seria o trabalho de postura corporal. Carla Martelli (Anne), Davi Guilherme (Jean Michel) e Maurício Moço (Sr. Dindon) têm uma atuação linear durante a narrativa. Destaco duas atuações, Sylvia Massari (Jacqueline) e Mirna Rubim ( Sra. Renauld e Sra. Dindon), Sylvia dá um show de atuação ao interpretar a foguenta Jacqueline. Já quem acompanha o trabalho de Mirna pode perceber que TODAS as finalizações musicais são feitas por ela, é como carregar o espetáculo inteiro nas costas, um exemplo de profissional. Para quem não conhece, a atriz atuou em "A Noviça Rebelde" e também é professora, alguns de seus alunos foram: Kiara Sasso, Alessandra Maestrini, Marília Pêra, etc. A melhor escolha do elenco.
"A Gaiola das Loucas" conta a história de Zazá e Jorge, um casal de gays que comandam uma casa de exibição de travestis e juntos criaram Jean Michel, filho de biológico de Jorge. O conflito ocorre quando o filho resolve se casar com Anne, uma garota vinda de uma família bastante conservadora, liderada pelo Sr. Dindon, Deputado homofóbico que promete acabar com as Casas de Exibição, sendo foco da narrativa cômica que mantém-se até o final da sessão.
Para quem não viu ainda, o musical fica em cartaz até dia 19 de Dezembro no Teatro Bradesco, os preços variam de R$ 20,00 a R$140,00 (Qui. e Sex) e R$30,00 a R$170,00 (Sáb. e Dom.). Lembrando que "A Gaiola das Loucas" é sucesso total de público, por isso compre com bastante antecedência.
A Assessoria do espetáculo é feita pela MorenteForte, que diga-se de passagem, uma das melhores empresas do ramo.
Mesmo com erros e acertos, não há como deixar de Protocolar um espetáculo do tamanho de "A Gaiola das Loucas", portanto declaramos que um dos espetáculos mais ousados da Broadway está:
Sylvia dá um verdadeiro show. Quando fui assistir Mirna não estava no elenco e foi substituída. Confesso que a interpretação do Diogo me emocionou muito, e suas canções achei bárbaras, principalmente "Eu sou o que Sou" e "A Little More Mascara". Falabella também dá um show, sua voz está muito melhor colocada, bem melhor que em "Os Produtores". Mas o palco é sempre de Sylvia e Jorge Maya. Achei ótimo o musical e as "loucas" da gaiola achei-as corretas. Enfim, é um musical que eu recomendo. Emocionante e, na minha opinião, pensa-se mais que ri.
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